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A UNI Américas promove a sindicalização de jovens e mulheres no Brasil
Durante os dias 11 e 12 de agosto em Praia Grande, Brasil, se comemorou o Seminário de organização sindical para jovens trabalhadoras e trabalhadores do Brasil. O encontro contou com a participação das confederações e sindicatos de vários setores que a UNI representa.
O motivo do seminário foi compartilhar técnicas e conhecimentos sobre a organização sindical em relação às mulheres e jovens e empoderar a todos os trabalhadores para que o movimento sindical cresça e se fortaleça.
Ricardo Patah, Secretário Geral da UGT-Brasil, deu começo ao evento encorajando aos jovens: “o tempo dos jovens é hoje e agora. O futuro dos jovens nos sindicatos começou hoje, não há mais tempo para perder e eles devem gerar a mudança”, assinalou.
Os participantes intercambiaram as experiências pessoais dentro de seus sindicatos e destacaram a importância do ativismo dos jovens para fortalecer a rede sindical. Seu papel como motor de mudança é uma ferramenta chave, não só para o sindicalismo mas para a sociedade no seu conjunto para conseguir a construção de um novo paradigma cultural mais participativo e democrático.
Gustavo Triani, Diretor Regional da UNI Américas Comércio, destacou a importância de avançar na organização dos jovens trabalhadores que se encontram ingressando ao novo mundo do trabalho. O avanço da tecnologia, o surgimento das lojas de moda rápida e seu impacto, o comércio eletrônico e a criação de call centers formulam um novo cenário.
“Estamos ante uma situação na América Latina que está mudando. Existem muitos trabalhadores e trabalhadoras jovens nos diferentes setores que conformam a UNI: nosso objetivo é organizá-los para que tenham uma melhor qualidade de vida”.
Benjamin Parton, Diretor Regional de Campanhas de UNI Américas, expressou a importância de criar mais relações entre os sindicatos e a sociedade. “A criação de poder não só se consegui sindicalizando, mas criando laços com a sociedade”, indicou.
As empresas utilizam os programas de responsabilidade social empresarial com a sociedade para conseguir mais consumidores. “Desta forma o objetivo é empoderar à empresa, não aos grupos sociais. Os trabalhadores devem ocupar esses espaços para contar com o apoio da sociedade nas suas lutas”, adicionou.
O intercâmbio dos participantes produziu várias conclusões, como conseguir mais cotas para jovens e mulheres para poder participar na negociação coletiva e nos estatutos dos sindicatos e intervir nos âmbitos de decisão.
Também se assinalou a necessidade de ações concretas nos espaços físicos e virtuais onde os jovens e mulheres se comunicam, e trabalhar na informação para os trabalhadores, mediante ações práticas.
Alex Capuano, da Central Unitária de Trabalhadores do Brasil, reafirmou esta ideia: “As redes sociais são novos espaços de construção e luta para os sindicatos e estes devem utilizá-los para conseguir maior visibilidade”.
Os participantes se comprometeram a continuar trabalhando, fortalecer o compromisso e visibilidade da juventude, e continuar aprofundando em matérias de comunicação.