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UNI denuncia abusos de direitos humanos da Prosegur aos organizadores dos Jogos Olímpicos
Representantes da UNI se reuniram com o Presidente do Comitê Organizador para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro (Rio 2016), o Senhor Carlos Nuzman, para discutir violações dos direitos humanos da empresa de segurança privada Prosegur na região.
O Rio 2016 está preparado para abrir licitações para os contratos de segurança privada nos Jogos Olímpicos em 2016. A UNI sustenta que o movimento olímpico deve avaliar as empresas que participarão nas licitações, em matéria de direitos humanos.
A Prosegur tem várias denúncias contra a sua atuação no Brasil, Paraguai, Peru e Colômbia. Atualmente no Peru e Colômbia, dirigentes sindicais se encontram sobre ameaça contra sua integridade física, uma situação pela qual a Prosegur nega responsabilidade, mas não publicamente condena.
O Secretário-Geral do Sindicato dos Trabalhadores da Prosegur Peru sofreu uma agressão física na frente da sua casa depois que a empresa permitiu a distribuição de fotos do seu domicilio dentro das instalações da companhia. Na Colômbia, sem provas, gerentes da Prosegur acusaram dirigentes sindicais de “terrorismo” e permitiram a distribuição, dentro das suas instalações colombianas, de panfletos anônimos com falsas alegações de fraude contra os dirigentes sindicais. Posteriormente, os dirigentes sindicais sofreram várias intimidações contra sua integridade física.
O Rio 2016 tem padrões estipulados para empresas que participarão do processo de licitação por contratos nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. A UNI está reivindicando que o Rio 2016 aplique seus padrões e leve em conta os direitos humanos durante o processo de licitações.
Prosegur é a maior empresa da segurança privada no Brasil com mais de 50.000 empregos. Mesmo assim, durante a recente Copa do Mundo da FIFA no país, Prosegur não foi elegido responsável por nenhum dos 12 estádios sedes do evento.
Os representantes sindicais que se reuniram com Carlos Nuzman foram José Antônio Martins Fernandes Presidente do Sindicato dos Profissionais da Educação Física de São Paulo e membro da Confederação Brasileira de Atletismo, Marcos Afonso de Oliveira da central sindical UGT, Claudio José de Oliveira, Adriano Linhares da Silva da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Vigilância Brasil, e Benjamín Parton Diretor da UNI Américas.