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Brasil: 1º de Maio “Muita Reflexão sobre a Continuidade de Nossa Luta”
1º de Maio, Dia do Trabalhador, é um dia de comemoração, mas é necessário relembrarmos os mártires de Chicago, que lutaram e morreram pela jornada de 08 horas dentre os quais se encontravam trabalhadores gráficos Michael Schwab, alemão, Tipógrafo e Encadernador, George Engel, alemão, Tipógrafo e Jornalista.
Portanto não devemos perder de vista a determinação destes companheiros que sacrificaram suas próprias vidas em prol de uma causa justa almejando romper o poderio econômico da época para conseguir estabelecer direitos e jornada de oito horas para a classe trabalhadora.
Os anos se passaram e as atitudes de enfrentamentos dos nossos companheiros continuaram como foi a batalha dos gráficos em 1923 que também reivindicavam melhorias de jornada e de salários e principalmente o reconhecimento da nossa representação junto aos empregadores por meio da UTG – União dos Trabalhadores Gráficos, quando foi necessário para conquistar estes direitos realizar uma greve histórica de 42 dias.
Diante deste legado e histórico de luta, não poderemos abaixar nossas armas na luta contra a precarização das condições de trabalho por meio das malfadadas Cooperativas de Trabalho que se escondem atrás do parágrafo 1º, do Artigo 442 da CLT; Terceirizações efetuadas ao arrepio da Legislação e o desrespeito ao Enunciado 331 nas atividades fins.
A batalha que a classe trabalhadora está travando no Congresso Nacional para a Redução da Jornada de Trabalho para 40 horas semanais, e a resistência dos políticos que se elegem com os votos dos trabalhadores, mas estão a serviços dos empresários impedindo o exercício democrático para que foram eleitos quando se negam a colocar na pauta de votação com medo da pressão popular em ano eleitoral.
A Lei do Banco de Horas que na prática cria condições para alterações do Contrato Individual do Trabalho modificando sua jornada contratual de trabalho e a pretexto de atender necessidade sazonais, tem como objeto principal servir como um redutor de folha de pagamento eliminando na prática o pagamento do Adicional de Horas Extras, e atua como um elemento a mais dentre vários outros para a flexibilização de nossos direitos.
Continuamos também diante de toda fragilidade na questão da saúde do trabalhador com as altas programadas, com as dificuldades que enfrentamos como para a caracterização dos acidentes do trabalho, principalmente na questão da identificação do nexo causal pelos peritos do INSS em relação a LER/DORT – (Lesão por Esforço Repetitivo ou Distúrbios Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho), em muitas outras dificuldades enfrentadas pelo trabalhador, sem falar ainda nos dias de hoje do caos que vivem muitos trabalhadores com o descaso na Saúde e em especial os atendimentos nos Hospitais Públicos.
Da mesma forma o desrespeito e a exploração do Trabalho Infantil em muitos casos efetuados por poderosos empresários e latifundiários não podem passar desapercebidos da sociedade.
Diante destas e de muitas outras reflexões que teremos pela frente, e muitas condições adversas para a manutenção de nossos direitos neste 1º de Maio os Trabalhadores Gráficos estarão no mesmo palanque daqueles que defendem as melhores condições de vida para a classe trabalhadora, como também na luta a favor da Redução da Jornada de Trabalho sem Redução de Salários e na geração do pleno emprego.
Esta é a nossa mensagem de esperança e de luta.
Salve todos os Trabalhadores neste 1º de Maio.
CONATIG - Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria Gráfica, da Comunicação Gráfica e dos Serviços Gráficos