Brasil - STIG de São Paulo realiza assembleias nas empresas do setor gráfico
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas (STIG) de São Paulo iniciou a Campanha Salarial 2014/2015 na última semana. Dirigentes sindicais realizaram várias atividades na porta de importantes empresas do setor, a exemplo da Editora Abril e da IBEP. A categoria reivindica 6% de ganho real no salário, além da ampliação de novos direitos na Convenção Coletiva de Trabalho. Esta é a principal pauta do STIG de SP e da maioria dos sindicatos dos gráficos no estado paulista. Os órgãos de classe estão promovendo uma campanha salarial conjunta, liderada pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas do Estado de São Paulo (Ftigesp).
Avanços não se ganham, se conquistam na luta! Este é o entendimento do STIG de SP que está sendo socializado com os gráficos nas empresas por onde os sindicalistas passam. “Independente das assembleias promovidas pelo Sindicato, os trabalhadores já precisam ir se mobilizarem no interior da fábrica, pois não podem ficar aguardando a boa vontade dos patrões”, diz o presidente da Federação Paulista dos Gráficos, Leonardo Del Roy.
Houve um aumento de produção nas gráficas em função da demanda extra proveniente da Copa do Mundo de Futebol e das Eleições. “Porém, mesmo com o setor aquecido, as negociações com o patronal vão ser acirradas. Os patrões insistem em manter o discurso de ‘choradeira’ para justificar, sem fundamento, a negativa ao pleito dos trabalhadores”, diz o presidente do STIG de SP, Gidalvo Silva, destacando a importância da união entre os gráficos durante este processo negocial, bem como o relevante papel dos sindicatos na luta por salários dignos para a categoria.
Além da pauta de reivindicação, o STIG de SP, juntamente com os demais sindicatos paulistas, está aproveitando a campanha salarial para levantar a bandeira contra a invasão chinesa na produção gráfica editorial dos livros brasileiros. Milhares de publicações do país estão sendo impressas na China. A consequência dentro do território nacional tem sido o desemprego, além do massacre nos postos de trabalho com a mão de obra barata e o aumento da rotatividade. A desindustrialização já está provocando o desemprego de milhares de trabalhadores. “Só em 2014, foram mais 10 mil baixas na indústria gráfica em todo o estado de São Paulo”, pontua Gidalvo.