Governo autoriza Correios do Brasil a contratar 9.000 trabalhadores
O Correios do Brasil passou por um processo de crescimento de serviços. Este processo segue na esteira do crescimento econômico do próprio país. Uma economia que cresce, desenvolve novos serviços e que coloca milhares de trabalhadores no mundo do consumo, também exige um Correios maior, reestruturado e com capacidade de prestar serviços de qualidade à população.
A própria decisão do governo em ampliar a universalização dos serviços postais demonstra a necessidade de ampliar o quadro de trabalhadores. No ano passado, sem sombra de dúvida, uns dos componentes da greve de 28 dias da categoria faram as péssimas condições de trabalho, provocadas em grande parte por falta de pessoal.
Já em novembro, após a greve, os Correios contrataram 9 mil trabalhadores. Naquele momento, a FENTECT já dizia que faltavam 30 mil trabalhadores. Mesmo com aquelas contratações, as condições de trabalho continuaram ruins. Ainda temos muitos trabalhadoresoutsourcing, que recebem menos e compõem uma força de trabalho de qualidade inferior na medida em que não têm o treinamento necessário.
Respondendo à reivindicação dos trabalhadores, o governo publicou uma portaria que amplia o número de trabalhadores gradativamente conforme o seguinte cronograma: a partir de 1º de julho de 2012 para 120.399 empregados, a partir de 1º de janeiro de 2013 para 123.700 empregados e a partir de 1º de abril de 2013 para 127.001 empregados.
Estas contratações são um passo positivo na troca de força de trabalho outsourcing por trabalhadores próprios com direitos e treinamento. Porém, temos que dizer que estas 9 mil contratações deveriam vir de uma só vez, ao invés de acontecerem aos poucos até julho de 2013. A necessidade de trabalhadores continuará e as péssimas condições de trabalho também.
A FENTECT inicia sua negociação salarial neste mês de agosto e a contratação continuará como uma das principais bandeiras da nossa luta. De acordo com Rogério Ubine, diretor da FENTECT, é preciso que haja uma valorização por parte do governo do trabalhador ecetista. “Em qualquer parte do mundo contratação é comemorada. Aqui também comemoramos: teremos mais membros próprios com direitos sociais respeitados e substituição ao outsourcing. Porém, a carência de novos trabalhadores é muito grande e o governo deveria olhar com mais carinho para os Correios”, disse.