UNI Américas, ganhando trabalhadores através da inclusão
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A Conferência Regional de UNI Américas que durou três dias concluiu com as afiliadas energizadas e determinadas a usar a rede UNI para continuar tendo sucessos na luta para sindicalizar e construir sindicatos fortes. A conferência deu mais impulso às afiliadas de UNI Américas para continuar com a estratégia de Rompendo Barreiras para os direitos dos trabalhadores e pelo crescimento dos sindicatos. Todas as afiliadas de diversos países como Canadá, Brasil e o Caribe concordaram que UNI falava com uma voz de compromisso com a estratégia Rompendo Barreiras. Reconheceram que enfrentar as multinacionais acarreta muitos desafios, mas disseram que os sindicatos nas Américas estão ganhando força e concordaram em usar o impacto de UNI para ganhar mais vitórias na região. A necessidade de lutar pela igualdade e pelo respeito à mulher foi um tema subjacente durante toda a reunião, como também foi a necessidade de fornecer mais empregos seguros para os milhares de jovens desempregados nas Américas e na Europa.
A Secretária Regional de UNI Américas Adriana Rosenzvaig –quem foi eleita unanimemente para outro mandato de quatro anos- disse: “Rompendo Barreiras não é só um slogan é um estilo de vida. Cada dirigente sindical presente aqui desde o Canadá no norte passando pelo México até o Chile no sul faz parte do movimento unido por um simples objetivo: ganhar para os trabalhadores. Isso é o que vamos fazer e vamos continuar fazendo. Quando formos embora da conferência hoje vamos bater os tambores pelos direitos dos trabalhadores mais alto do que nunca. Vamos trabalhar incansavelmente durante os próximos quatro anos para que o sonho de fazer com que as Américas sejam mais justas com sindicatos fortes seja realizado.
Rubén Cortina também foi reeleito unanimemente durante um mandato de quatro anos junto com o novo Executivo Regional de UNI Américas.
Ele disse: “A rede de UNI nas Américas está mais forte do que nunca. Devemos usar esse momento na história onde temos governos progressistas em vários países da região para avançar. Conseguimos muitas coisas, mas ainda há muito trabalho a fazer antes da próxima conferência regional em 2016. 15% das pessoas nas Américas estão vivendo em condições de pobreza e devemos mudar isso. A inclusão é a forma de avançar e devemos lutar pela igualdade para as mulheres e os jovens e todos os outros setores vulneráveis da sociedade.
Na América Latina os sindicatos cresceram 100% nos últimos dez anos, devemos continuar com essa tendência, mas não podemos nos esquecer dos nossos colegas nos EUA e no Canadá. Nesses países a classe média está sendo espremida pelas corporações. Devemos mostrar mais solidariedade, devemos nos unir na sua luta como fizemos com os trabalhadores de Walmart nos EUA. Devemos ser pacientes e estratégicos e continuar fortes. Estou comprometido a esta grande organização que é UNI.”
A Secretária Geral Adjunta de UNI Sindicato Global, Christy Hoffman concordou com o fato de que era o momento de começar a construir a partir das vitórias recentes: “Em muitos países da América Latina, incluindo o Brasil, a Argentina e também aqui no Uruguai, porém já tenham superado o temor devem continuar fortalecendo seus sindicatos enquanto os governos progressistas continuarem no poder. Nós vamos ganhar – nós vamos escalar essa montanha.”
Falando respeito ao México, Duncan Brown do sindicato CEP do Canadá disse que UNI deve redobrar seus esforços para acabar com os sindicatos de proteção que deram poder aos empregadores. Ele disse: “90% dos sindicatos no México são sindicatos de proteção. Deixam os empregados expostos e protegem aos empregadores. Esse é um câncer que precisa ser destruído para libertar os trabalhadores mexicanos e não deixar com que esse câncer se espalhe nas Américas.”
A afiliada americana, SEIU destacou como a solidariedade global por meio de UNI tinha sido o ponto de inflexão na greve dos limpadores de Houston para chegar a um acordo de salário justo.
Rocío Saenz, da SEIU disse: “Quando nós nos juntamos, nos unimos, tudo é possível. Hoje os empregadores e as empresas são globais, então devemos nos unir globalmente. Queremos uma vida melhor e um futuro melhor para todos os trabalhadores. Nós podemos fazer uma mudança. Nós queremos fazer uma mudança para que cada trabalhador seja respeitado, valorizado e possa ter um salário decente. Nós temos a quantidade de pessoas, a força e o poder para romper barreiras.”
UNI mobilizou seu apoio nas Américas e na Europa e pressionou às empresas para que negociem acordos justos. Os limpadores de Houston defenderam seus interesses e ganharam. Da mesma forma UNI está respaldando os trabalhadores de Walmart para que ganhem sua batalha por um salário decente e por dignidade no lugar de trabalho com a Aliança UNI Walmart Sindicato Global. A luta continua em todos os setores com vários acordos globais com multinacionais vigentes ou prestes a serem assinados para dar vozes aos trabalhadores, incluindo multinacionais como T-Mobile USA, Atento e DHL.
O Secretário Geral de UNI Sindicato Global Philip Jennings concluiu dizendo: “Temos um time ganhador e vamos sair e conseguir a vitória para cada um dos trabalhadores na rede da família de UNI. Em nível global e local estaremos presentes para eles. Vamos mostrar à G20 a injustiça dos fundos-abutres dos EUA que atacaram uma fragata argentina; e lutar para que cada um dos trabalhadores seja reintegrado. Não há batalha grande ou pequena demais. Juntos vamos romper barreiras e ganhar.”
UNI agradeceu à cidade de Montevidéu e o Uruguai por serem anfitriões tão cálidos e generosos nessa 3ra Conferência Regional de UNI Américas. A conferência terminou com uma celebração na praça principal da cidade ao som dos tambores da América Latina.