Só a luta te garante!
No décimo quinto dia de greve, os bancários brasileiros inundaram as ruas do Brasil em protesto pela falta de respostas a suas reivindicações.
Uma delas é sua mais fervorosa recusa ao modelo de negociação proposto pelos bancos onde o reajuste dos salários dos trabalhadores está abaixo da inflação. Os bancos se escudam em uma suposta crise enquanto os altos executivos receberam mais de 30% de reajuste nos pagamentos e bônus.
Assim também, os trabalhadores e trabalhadoras reclamam por estabilidade no emprego, o reembolso de 8000 trabalhadores demitidos, melhores condições de saúde e segurança, e igualdade de oportunidades, já que as mulheres ganham 21% menos que os homens cumprindo as mesmas funções.
Roberto Von der Osten, Presidente da CONTRAF-CUT Brasil, manifestou a importância desta mobilização dentro da conjuntura política que atravessa o país.
“Estamos fazendo uma greve histórica e necessária. Nossa frágil democracia está sendo atacada por um governo golpista que avança contra os direitos conquistados há muitos anos. Existe um risco de mudanças nas pensões públicas e estão se flexibilizando as leis trabalhistas. O Brasil está correndo grandes riscos”, assinalou.
“Neste momento tão duro estamos recebendo o apoio dos nossos irmãos do cone sul. Representantes sindicais da Bancária, Argentina, e de AEBU, Uruguai, participaram na marcha dos bancários do Sindicato dos Bancários de SP junto com o apoio do Secretário Geral da UNI, Philip Jennings,
Adriana Rosenzvaig, Secretária Regional da UNI Américas, e Guillermo Maffeo, Diretor Regional UNI Américas Finanças”, concluiu.
O Diretor Regional indicou como a região está vivendo momentos de grande mobilização no setor financeiro e como o processo de conflito e problemas que atravessam nestes momentos os trabalhadores argentinos e brasileiros são idênticos.
“Esta semana todos nossos sindicatos filiados nos diversos países se encontram nas ruas lutando. É ótimo ver como levamos adiante a política de sindicalismo internacional mobilizando-nos em cada lugar da região, onde um trabalhador bancário tenha necessidades ou seus direitos não sejam cumpridos”, concluiu Maffeo.
Desde a UNI Américas apoiamos as reivindicações das trabalhadoras e trabalhadores bancários no Brasil e colocamos as nossas bandeiras de solidariedade expressando que a luta é a única garantia!