Terceiro seminário sobre Agências de Trabalho Temporário e Primeiro Emprego em Lima
Comemorou-se durante os dias 25 e 26 de agosto em Lima, Peru, o Terceiro Seminário sobre Agencias de Trabalho Temporário e Primeiro Emprego, com a participação de jovens ativistas da região comprometidos com os direitos sindicais e sociais dos trabalhadores.
O seminário contou com a participação de dirigentes sindicais da Argentina, do Brasil, do Barbados, do Chile, da Colômbia, dos Estados Unidos, da Nicarágua, do Peru e do Uruguai.
No encontro se formularam as preocupações dos participantes respeito ao novo mundo do trabalho, o desafio para a organização dos trabalhadores e a busca de estratégias em relação à terceirização e o trabalho temporário.
A agência de trabalho temporário é, em muitos casos, a única ferramenta que têm os jovens para ingressar ao mercado do trabalho pela primeira vez. Em consequência, muitos trabalhadores passam de um contrato a outro, sem uma perspectiva na melhora de seus salários, sem proteção, direitos nem benefícios.
“Existem novos processos acontecendo no novo mundo do trabalho e é muito importante organizar este setor de emprego temporário, onde há grande quantidade de jovens empregados”, assinalou Adriana Rosenzvaig, Secretária Regional da UNI Américas.
Gustavo Triani, Diretor Regional da UNI Américas, disse que 30% dos jovens têm contratos temporários. “Temos que organizar aos trabalhadores em sindicatos fortes e por ramo de atividade para fazer frente aos desafios da terceirização e subcontratação”, indicou.
Rapidamente se estabeleceu um debate entre os jovens trabalhadores e os representantes das Agências de Trabalho. As e os trabalhadores manifestaram que o trabalho temporário precariza o emprego, os direitos trabalhistas e afeta a taxa de sindicalização.
Briceida González, Diretora Regional da UNI Américas, destacou a importância de manter o contato e dá-lhe seguimento aos compromissos adquiridos durante o encontro.
“A força, as ideias inovadoras e o ímpeto da juventude sindicalista é parte vital do motor que levará adiante aos sindicatos, pelo que devemos também defender os direitos da juventude trabalhadora a quem se lhes exclui seus direitos ao serem contratados por temporalidade”, indicou.
“Será necessário seguir fortalecendo as alianças Inter setoriais entre as organizações da UNI com o objetivo de procurar melhorar as condições trabalhistas e os direitos dos trabalhadores contratados por médio de agências”, concluiu.
Os jovens trabalhadores se comprometeram a fortalecer os sindicatos para poder negociar, continuar lutando para impulsionar o estabelecimento de normas de trabalho decente e tratamento digno de emprego.
Martín Berdiñas, Presidente do Comitê de Jovens da UNI Américas, convidou aos restantes participantes a continuar trabalhando: “Tomemos consciência da importância de agir como jovens e acompanhemos o processo de sindicalização como juventude da UNI”, concluiu.