Greve dos vigilantes de Minas Gerais, Rio do Janeiro e Niterói
Em greve desde segunda-feira, 12/03, os vigilantes de Minas Gerais enfrentam a intransigência dos patrões que apresentaram uma contraproposta às justas reivindicações da categoria que apontam para o retrocesso e a retirada de direitos. Segundo Edilson Silva, diretor da CNTV e do Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, a categoria reivindica 16,8% de reajuste salarial, tíquete refeição no valor de R$ 18,00 a fração, Risco de Vida e o direito ao descanso (sentado) a cada duas horas de trabalho, entre outras reivindicações. Silva informou que os patrões ofereceram 7,12% de aumento, 3% de Risco de Vida (a categoria tem atualmente 6%), tíquete de R$ 150,00 (R$ 10,00 a fração, atualmente o tíquete é de R$ 5,66), passar o Adicional Noturno de 40% para 28%, a multa pelo descumprimento da CCT de 30% para 10% e alterar o atestado de saúde, ou seja, a empresa é que decidirá quantos dias o vigilante pode ficar doente. Se o médico deu um atestado de saúde de 15 dias, a empresa pode optar por dar apenas cinco dias. Diante de tanto retrocesso e desrespeito, a única resposta aos patrões foi a greve por tempo indeterminado. Silva afirmou que 350 vigilantes estão ajudando no Comando de Conscientização da Greve em Belo Horizonte e região metropolitana, no interior mais 150 vigilantes ajudam nos comandos. A CNTV e entidades se solidarizam à luta dos companheiros e companheiras de Minas Gerais, estando à disposição para ajudar na greve em defesa das justas reivindicações dos vigilantes.
Bancários do Rio apoiam greve dos vigilantes por melhores salários
Defender mais segurança nas agências bancárias é também apoiar o movimento dos vigilantes por melhores salários e condições de trabalho. Essa é a avaliação do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, que presta solidariedade e apoia o movimento da categoria. "A precarização do trabalho dos vigilantes também contribui para a falta de segurança nos bancos, por isso, apoiamos o movimento grevista", disse o presidente do Sindicato, Almir Aguiar. Os vigilantes do Estado do Rio entraram em greve nesta segunda-feira, dia 12. Usuários relataram problemas ao procurar atendimento no centro, Madureira, São Gonçalo e Niterói, na região metropolitana do Rio. Os trabalhadores reivindicam aumento real, além da reposição da inflação de 2011, aumento do vale-refeição de R$ 8,85 para R$ 16,50 e melhora da bonificação por risco de vida de 8% para 30% do valor dos salários. A categoria também quer um plano de saúde para os seus dependentes. O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) concedeu liminar a empresas de segurança e ao sindicato dos bancos do Rio de Janeiro, determinando que o Sindicato dos Vigilantes providencie um contingente mínimo de profissionais nas agências. Os bancários devem denunciar caso as agências onde trabalham estejam funcionando com apenas um vigilante ou sem o mínimo de segurança", disse Almir. As denúncias devem ser feitas pelo telefone 2103-4102. O Sindicato vai protocolar nesta terça-feira (13) um documento pedindo fiscalização à Polícia Federal para que a Lei 7.102/83, que trata da segurança em instituições financeiras, seja devidamente cumprida.
Greve dos Vigilantes começa com 80% de adesão na região de Niterói
Os vigilantes de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Rio Bonito iniciaram a greve geral por reajuste salarial na manhã desta segunda-feira, 12. A mobilização dos trabalhadores começou às seis horas da manhã numa concentração em frente a agência do Bradesco na Avenida Amaral Peixoto, em Niterói que reuniu mais de 200 profissionais. Cerca de sete mil vigilantes atuam em postos de serviços como bancos, shoppings, empresas privadas, hospitais e outros órgãos públicos na região. No Estado, a paralisação deve mobilizar mais de 70 mil trabalhadores. De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e regiões, Cláudio José, a grande maioria das agências bancárias permaneceram fechadas cumprindo assim o plano de segurança regulado pela Polícia Federal. “Colocamos um vigilante em cada agência para que sejam realizados os movimentos de compensação, mas os bancos não podem ser abertos com apenas um vigilante. A agência que fizer isso estará descumprindo seu plano de segurança colocando em risco os clientes, os bancários e a segurança da localidade. Mesmo assim, alguns gerentes intransigentes e que não se preocupam com a proteção de seus clientes e funcionários insistem em abrir a agência como alguns casos do Itaú e Bradesco. Já estamos em contato com o Sindicato dos Bancários para providências. A adesão é de mais de 80% dos trabalhadores o que demonstra a indignação da categoria com os empresários. Não vamos aceitar 0% de reajuste!”, afirma Cláudio José.
Fonte: Noticias CNTV, Edición Nº 537, 13/03/2012.