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O Sindicato dos Comerciários de São Paulo realizou na manhã desta terça-feira, 27 de maio, uma manifestação contra o trabalho escravo que ocorre nas oficinas de costura da M. Officer. A ação aconteceu em frente ao Shopping Paulista, que abriga uma das lojas da marca.
A data para a ação foi escolhida devido à votação da Proposta de Emenda à Constituição do Trabalho Escravo (PEC 57A/1999), prevista para hoje.
Segundo a fiscalização do Ministério do Trabalho, seis pessoas, todas imigrantes da Bolívia, eram submetidas a condições degradantes e jornadas exaustivas para produzir peças da grife. A fiscalização aconteceu no dia 6 de maio em uma oficina no extremo leste paulista. Todos foram resgatados e libertados da escravidão.
Durante o protesto, nenhum representante da M. Officer se manifestou e o Shopping Paulista ficou com a porta principal fechada.
Representantes do SIEMACO (Sindicato dos Trabalhadores de Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo), filiado à UGT (União Geral dos Trabalhadores), e o Deputado Estadual Major Olímpio participaram da ação.
Contra a escravidão
O Sindicato já realizou diversas mobilizações para protestar contra a exploração de trabalhadores imigrantes submetidos a condições insalubres e desumanas em confecções. A Entidade já protestou na Rua Oscar Freire, local onde estão concentradas lojas de grifes famosas, contra as marcas Zara, Ecko, Gregory, Billabong, Brooksfield, Cobra d´Água e Tyrol.
"Queremos conscientizar os comerciários e os consumidores, porque, muitas vezes, eles pagam dez vezes mais do que o valor inicial da mercadoria e não sabem que o produto pode estar vinculado ao trabalho escravo", afirma Josimar Andrade, diretor do Sindicato.