News

A indisposição do patronal em negociar foi o estopim para a deliberação. A categoria fez diversas concessões, reduzindo de 32 para cinco itens de reivindicação e ainda rebaixando a exigência do piso salarial de R$ 2.450 para R$ 1.650, mas, nem assim, os patrões cederam, mantiveram a proposta de reajuste de 5,4%.



A revolta foi generalizada entre os profissionais ao saber do resultado da rodada de negociação. “Não existe mudança, sem unidade, mobilização e muita pressão”, enfatiza Iraquitan da Silva, presidente do Sindgraf-PE. O resultado da deliberação de greve destaca a atual consciência de classe dos trabalhadores. Foram 111 votos a favor e apenas 12 contrários à greve.



O próximo passo é esperar o cumprimento legal da deflagração de greve. O período legal é de 72 horas para que as empresas tomarem conhecimento da decisão da categoria. “A Intercom não adormeceu”, pontua Cláudia Eloi, presidente do Sindicato dos Jornalistas (Sinjope). A Intercom é a Intersindical de Comunicação formado por trabalhadores gráficos, jornalistas, radialistas e publicitários.



Gráficos e jornalistas agora são uma só categoria: a dos trabalhadores da comunicação em greve contra o desrespeito dos patrões. Após passar o período legal para o reconhecimento da greve, as categorias definirão juntas as estratégias de mobilizações. “Os dois setores mais importantes da comunicação já decretaram greve, não há jornal com as redações e gráficas paradas”, lembra Iraquitan. Este encaminhamento, inclusive, será levada para deliberação na próxima assembleia conjunta que será realizada na quarta-feira (14), às 12h, no Sindgraf-PE.



Fonte: www.sindgraf-pe.org.br