Polícia Federal proíbe uso de poliuretano nas bases da Prosegur Brasil
Atendendo a uma das solicitações da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e do Sindicato dos Vigilantes de Carro-Forte do Rio Grande do Norte (Sindforte-RN), a Polícia F e d e r a l (PF) emitiu parecer proibindo a Prosegur de utilizar o injetor de Poliuretano nas bases da empresa. No documento enviado, as entidades sindicais denunciaram a empresa por, entre outros motivos, utilizar o produto em tesourarias colocando em risco a vida dos trabalhadores. Segundo a PF, “eventual instalação do produto em ambiente não segregado dos profissionais de segurança (cofres ou tesouraria de bases operacionais, v.g.), não apenas não restou a u t o r i z a d o pela Portaria nº 33.731/2016, como não possui aval desta Polícia Federal, justamente porque não houve estudos técnicos que indiquem sua eficácia e segurança. Dito de outro modo: as empresas de transporte de valores não estão autorizadas a instalar injetores de poliuretano em suas bases operacionais”.
Agora, a Delesp do Rio Grande do Norte deverá investigar a instalação do produto nas bases da empresa, uma vez que o uso é autorizado apenas nos cofres dos carrosfortes. Ainda assim, o presidente da CNTV, José Boaventura, afirmou que a entidade continuará lutando para que a proibição seja estendida também aos carros-fortes. “Temos relatos de acionamento acidental do produto tanto nos carros quanto nas bases. Em uma das ocasiões o cofre só foi aberto quase um mês após o ncidente. Não podemos permitir que os trabalhadores corram mais este risco no exercício de sua profissão”, destacou.
Segundo o presidente do Sindforte- RN, Márcio Figueredo, o mesmo já aconteceu em uma unidade da Prosegur em Mossoró. “Houve um acionamento involuntário e os trabalhadores precisaram arrombar as portas de acesso, correndo grande risco por conta do produto”, contou. “O Sindicato e a CNTV defendem a retirada total do sistema e uma fiscalização da PF. Estamos acompanhando todo o processo e a exigência é para que a retirada seja feita em todas as bases do país, não apenas no Rio Grande do Norte”, completou.